Por | Grazielle Araujo | 23/02/2022 16:56
![]() |
Ter boas fontes é uma das premissas de um bom jornalista. Por outro lado, é sempre recomendado checar com os colegas assessores quando há acesso, interesse e compromisso por transmitir a verdade. A pressa de ser quem dá o furo, quem faz o primeiro tweet ou a busca a manchete do push do app, muitas vezes atrapalha a construção da notícia e ela sai torta. É aí que entra a busca inversa, do assessor ir atrás do repórter para contribuir ou corrigir a informação publicada, que não foi checada e sequer apurada com mais atores da notícia.
É difícil explicar para quem é protagonista ou até mesmo coadjuvante de uma falsa afirmação como algo assim acontece. É complicado entender o porquê de tanta correria. Quando alguém sopra uma notícia de bastidor, das duas, uma: ou há interesse por trás ou uma boa relação entre colegas. Quando a intenção é a primeira, é ainda mais recomendado a cautela. Hoje, um whats resolve a questão e mata a charada. Não se perde tempo e se ganha respeito, moral e confiança.
É para isso - também - que existem assessores de imprensa. O nome explica ao que se dá tal cargo. Usem e abusem das relações profissionais. Claro que há casos e casos, apurações e fatos, interesses e interessados. É preciso lembrar o tamanho do alcance que uma notícia pode ter, os prints que prontamente circulam de uma informação que, quando é publicada de forma torta, pode ter consequências imediatas que uma errata posterior já não resolveria. Portanto, sejamos todos mais comprometidos com o que espalhamos por aí para que a admiração pelo jornalismo seja sempre mais destaque do que a sensação de falta de noção de uma notícia torta.